terça-feira, 16 de novembro de 2010

me deixe solta



















já passei do ponto de querer amores eternos, dois dedos de prosa depois do sexo não é nada mal, até presume-se estima. os laços que me prendem desatam-se do ser amado, mesmo que encontre o gozo, prazer maior em seu corpo, não há o que me prenda a ele. nem os batentes de porta ou o sufocar de seu braço. minha essência tem cheiro de láudano e evapora como. me deixe solta! se quer se deitar comigo, não só por uma noite, entenda que os olhos me prendem mais que abraços e quem tem coragem de fechá-los diante de mim, possuirá meu sorriso enquanto eu viver. não choro ao sair, deixe a porta sem tranca para que eu não precise fugir. só deixo para trás o cheiro de meus ais grudados em colcha sua!

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