domingo, 1 de setembro de 2013

.

o quanto

dos teus ais

são gozos

anais


no quando

dos meus mais

dias tesos

que te orais

.

cravo

















rubro distendido
entre meu dente
e palato

entardece-me

declaração




















quero palavras solitárias
e inéditas
não me repita tréplicas

.



o quanto do teus ais

são prazeres anais

como tantos iguais

terça-feira, 18 de setembro de 2012

talheres

























tudo com muito respeito
compreendo sua consideração
nada que remeta
ao nosso passado
onde nada era comedido
tudo exalava tesão

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

mudo

























se as palavras ferem
e as peles se aceitam
seja o silêncio
nosso escudo

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

espera

























tudo que assola são as horas
que nos separam
do tempo do desejo
somos fúria e encanto

e o resto é a ruína
o sempre e o tanto.



perfeito


















desde a linha vermelha
amarrada ao calcanhar
até a dobra quase
desnuda retida
em meu peito

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

pecado

























deveria haver certo recato
por saber desses beijos
dorme ao meu lado
e eu o acordo em rendição

poderia haver certo recanto
por saber dessa tentação
dividimos o mesmo manto
repletos fúrias e desejos

somos pele e tato
e o orar em devoção


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

não acorde, mito!

























nem há por onde
olhar o dia nascer
e ele discordou
foi dolo

esmoreço

entre unhas carmim
e sua linha vermelha
amarrada ao calcanhar
direito

adoeço

sob os olhos cerrados
devoto-me à imagem
num frugal despojo
cálido amanhecer

desconheço

sentido semelhante
sobre retalhos azuis
loucura infante
que toma-me de assalto
e o mito dorme

recomeço.

domingo, 25 de dezembro de 2011

o pierrô e a rosa




















quando lábios seus
rogam e habitam
lábios meus há
o encontro perfeito
entre largo sorriso
em rasgo estreito

terça-feira, 12 de abril de 2011

ensaio vermelho





















canção tingida
encarnada boca rija
chicote ímpio
das esquerdas, de paixões
devassidões e taras
conjugar-te rubro
flameja-me escarlate.

quinta-feira, 31 de março de 2011