
noites em claro
são manhãs rubras
quando contigo
 
 
 

oro abundância
e só tenho sal
do teu suor
no meu umbigo
 
 
 
            
        
          
        
          
        

és em mim
sentimento
de dentro
pra fora
defloras
 
 
 

.
entre o íntimo
e os deuses
- ín-timidez -
escravo da tez
que me intima
.
 
 
 
 
 deitamos na trama
fiados por torção
flutuamos livres 
no meio de nós 
dois tecidos
 
 
 
            
        
          
        
          
        

sustenta na língua
o irremediável
o universal signo 
e o toque que me cala
 
 
 

dedos trabalham
a figura profana
é meu antônimo
em dobraduras
de papel
 
 
 
            
        
          
        
          
        
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quero-te aqui
desvio e atalho
cardio e adro
destino final
 
 
 
 
 rubro distendido
entre meu dente
e palato
entardece-me
 
 
 
            
        
          
        
          
        

seca 
tua língua
em esporos 
meus
 
 
 
            
        
          
        
          
        

lento invasivo
toma-me noite
sarrafo
glória
açoite.
 
 
 
            
        
          
        
          
        

em vilas baldias
perco-me em línguas
e todas elas
latejam seu nome.
 
 
 
.jpg) 
.
vulva minha
e de todos os pênis
- devassa vulva -
arregaça as mangas
e não descansa.
.
 
 
 
            
        
          
        
          
        

foi-se o tempo 
que quis anéis
hoje só sei 
do cheiro de látex
 
 
 

.
pelo vê 
do teu sexo
vejo
meu mundo
.
 
 
 

revela-se meu barco
a navegar
por teu continente
.
 
 
 
 
 
 
 

em silêncio
entrego-me
sem culpa
Kama Sutra
 
 
 
            
        
          
        
          
        

devoro-te
sem saber
quem és
 
 
 

sou sistema
solar mestiço
na translação
de seu umbigo
 
 
 
            
        
          
        
          
        

a linha da boca
ao peito
e se não me advinha
nada feito!
 
 
 

está afogado
e ora vivo
entre os ss
de meu nome
 
 
 
            
        
          
        
          
        

visto-me de rendas
se quero-te
meu escravo
 
 
 
            
        
          
        
          
        

em suas orações
sempre gozei
de liberdade:
polução
 
 
 
            
        
          
        
          
        

paga-me beijo 
com beijo
língua com língua
e em gozo
divide-me 
ao meio.
 
 
 

em cores rubras
seu nome está
encarnado
entre meus lábios
em minha vulva.
 
 
 
            
        
          
        
          
        

despetalou-se
entre meus
dedos frios
 
 
 
            
        
          
        
          
        

o amor perde
rápido
e perdido
não se consuma
 
 
 
            
        
          
        
          
        

quero-te aqui
desvio e atalho
destino final
 
 
 
            
        
          
        
          
        

o verbo ferve
na nervura do músculo
que teso frija
à altura do ósculo
 
 
 
            
        
          
        
          
        

dei-te a falha
onde te calas
deixa o vento