terça-feira, 31 de janeiro de 2012

não acorde, mito!

























nem há por onde
olhar o dia nascer
e ele discordou
foi dolo

esmoreço

entre unhas carmim
e sua linha vermelha
amarrada ao calcanhar
direito

adoeço

sob os olhos cerrados
devoto-me à imagem
num frugal despojo
cálido amanhecer

desconheço

sentido semelhante
sobre retalhos azuis
loucura infante
que toma-me de assalto
e o mito dorme

recomeço.